31.8.02

É uma brasa, mora?

Fui à maratona vira-madrugada do Cine Odeon. Passaram três filmes: o Austin Powers 3, um surpresa e "O baby", terror trash.
O Austin Powers 3 abusa dos trocadilhos intraduzíveis, o que tira boa parte da graça em português. Mas vale só pela abertura em que, entre outras coisas, Austin explode a cabeça de Britney Spears.
O filme surpresa. Permitam-me estender-me nessa parte. O filme surpresa foi "Roberto Carlos em ritmo de aventura". Sabe qual a história? Pois é, nem eu. Parecia filme de estudante de Comunicação. A desculpa era eles terem perdido o roteiro no final da primeira seqüência (pois era um filme meio metalingüístico). Tinha o José Lewgoy e o Reginaldo Faria novinhos. E... e... o Roberto Carlos vestido nos mesmos moldes do Austin Powers, inclusive usando uma abotoadura dourada com seu nome. E uma vilã que queria raptá-lo para alimentar um computador ("cérebro eletrônico") com seu talento musical. A vilã aparecia vestida com um sutil macacão de lurex branco (aquele que brilha), a cintura marcada por um cinto parecido com o Elysée Belt, e um colete sem mangas que ia até o chão.
O computador encarregado de decifrar o talento musical de Roberto cospe um formulário contínuo (impressão matricial) que diz o seguinte: "Roberto Carlos é um perigo. Ele é uma brasa, mora?"
Você pensa que isso foi pioneiro do "Missão Impossível", mas Roberto Carlos foi o primeiro a atravessar um túnel dentro de um helicóptero. Aliás, a seqüência do helicóptero é a mais memorável. Ele passa pela Praia de Botafogo, e não existe aquele viaduto que leva à Policlínica, nem o Edifício Mourisco (aquele com o Globo Dourado, no final da Voluntários). Ele passa pelo lugar onde deveria estar o Rio Off-Price, e o shopping não está lá. O mais chocante foi quando ele chegou ao fim de Botafogo e vimos, no lugar do Rio Sul, um imenso terreno baldio (e a igrejinha rosa do lado). Um cara até gritou:
- Ih, roubaram o Rio Sul!
Roberto Carlos viaja num engradado para os EUA. Roberto Carlos canta "Como é grande o meu amor por você" para uma boneca de pano. Roberto Carlos decola num foguete da NASA e se comunica com os amigos no Brasil
- Ih, a Terra é azul!
Roberto Carlos percebe que está em cima do Brasil e manda essa:
- Pessoa-al, eu salto aqui!
E salta. De pára-quedas!
Chega, depois eu falo de "O baby".

30.8.02

Par de versos sem sentido mas com rima rica

Eu consigo agarrar e matar mosquitos no ar
E atirei num cara um panfleto do Jorge Bittar
Seja lá como se escreva isso

Gianechinni ou Giannechini ou Giannechinni?
Nietszche ou Nietzsche ou Nietchxsxszche?
Sujismundo ou Sugismundo ou Sigismundo?
Calvin Kline ou Kevin Kline ou Kalvin Klein? (depois daquela crônica do Verissimo me confundi)
"Projeto Catchup no Espinafre" ou "Como tornar um vídeo de Marketing Palatável"

Dos inúmeros chatos projetos finais sugeridos pela professora de Marketing, decidimos encarar o vídeo. Este é o outro filme que estou fazendo.
Dona Fátima não sabia onde estava se metendo.
Vamos usar trechos de "A fantástica fábrica de chocolate" (Umpa-Lumpas são empregados exemplares), "Dilbert", "Como enlouquecer seu chefe" (filme hilário com atores desconhecidos) e "Fábrica de loucuras" (exemplar genérico da Sessão da Tarde).
A trilha do vídeo terá house, muita house, Kraftwerk, Belle e Sebastian, Beatles e Morcheeba.
Queremos fazer algo pelos nossos calouros, coitados.

28.8.02

Lady Murphy

Esse vai ser o título do filme que estou fazendo.
Mas hoje eu que encarnei a personagem "Lady Murphy". Me vesti pra faculdade, botei o tênis novo e saí. Fui comprar papel almaço pra prova, porque tinha perdido os meus na minha última arrumação. Rumei pra faculdade. O tênis novo começou a massacrar um dedinho meu. Começou a chover, molhando meus óculos. Assim que tirei os óculos parou de chover. Coloquei-os de novo. Cheguei na prova, recebi as cinco questões e percebi que não tinha lido o texto de duas perguntas, e de uma havia lido o texto há tanto tempo que mal me lembrava. Assim que levantei os olhos das perguntas, ouvi o professor falar que era sem consulta (sendo que todas as outras provas desse gênero são com consulta). Desesperada, demorei a começar. Quando estava enrolando na última questão, ouvi o professor dizer que quem não sabia, era melhor não enrolar - porque senão ele simpatizaria menos (MENOS AINDA??) com a prova. Quando entreguei a prova, saí louca por um doce e fui comprar. Um Talento pequeno (quatro quadrados) era 70 centavos (roubo!). Usei a embalagem do Talento para proteger o dedinho do pé machucado...
Chega, né? Só mais uma coisa: acabei de terminar meu trabalho sobre novelas mexicanas x novelas brasileiras. E amanhã tenho que acordar antes das 8 para fazer um trabalho de Fotografia.
Tão sentindo? Tão?
Só na Bunker mesmo

Sábado fomos eu e JP pra Bunker. Não estava muito cheio, mas a música estava boa. Eu dei um "toco dançante" num cara, JP foi confundido com um vendedor de ecstasy por um gringo e eu fui cantada por uma mulher (e disse não, duh). Fazia um tempão que não ia à Bunker, esqueci até como era divertido.

24.8.02

Weirdest thing II

Agora peguei o dado de novo, o número que estava para cima era três. Enquanto jogava ele fiquei pensando: SETE. Sete?
Caiu quatro. Quatro e três são sete.
Weirdest thing

Eu achei um dado e resolvi jogá-lo para ver se eu ia acertar o número que ia dar. Pensei em seis, joguei e deu seis. Assim que olhei a face do dado, tive um flash de oito bolinhas (quatro de cada lado).
"Oito? Mas oito não é possível!"
Resolvi que ia dar dois. Joguei o dado e ele caiu entre as almofadas do sofá. As faces que estavam para cima eram dois e seis (soma oito). A face com o dois estava ligeiramente mais para cima que a outra.
Credo.
Historinha

Eu estava indo a pé para a Colortel, pegar uns vídeos prum trabalho, três problemas: é o lado underground de Botafogo, era de noite, estava engarrafado. Os carros parados tinham homens dentro, que olhavam pra minha bunda e peitos. Eu estava odiando. Dois caras num carro me gritaram alguma coisa e eu perguntei se estavam falando comigo. Eles assistiram paralisados: joguei uma garrafa de plástico pela janela deles. Virei e continuei, feliz da vida, mas pensei que eles poderiam querer se vingar, e imediatamente procurei no chão alguma outra arma. Sim, logo à frente havia uma calçada destruída cheia de PEDRAS bem grandes. Peguei uma bonita, dei uma limpada e continuei andando com ela na minha mão. Reparei, que engraçado, que um vácuo de carros se recém-formara ao meu lado, mesmo com todo aquele engarrafamento. Coisa curiosa. Andei até a videolocadora sem ser molestada de nenhuma forma. Guardei a pedra na mochila, peguei meus vídeos, e saí, pensando: "pareço louca carregando a pedra, e além do mais, não deve ser por causa da pedra que não estão mexendo comigo". Imediatamente após um imbecil disse alguma coisa. Imediatamente eu abri a mochila e joguei a pedra nele, mas o sujeito já estava longe e não pegou aonde eu mirei (na perna). Abaixei e peguei outra pedra, um pouco maior. As pessoas na calçada passavam junto ao meio-fio, bem longe de mim. Quando cheguei em casa, deixei a pedra no jardim. Bacana.
Louca, eu? Louco é quem não faz nada. Eu tenho o direito de ir e vir, está lá na declaração universal, preto no branco, não é uma tradição machista que vai me impedir.
Sai dessa

Imagine que eu estava ouvindo Neil Young enquanto navegava e me vem um banner com a seguinte música tocando: Noite do Prazer, versão Cláudio Zoli.
Cancela, cancela, cancela! Morra, morra, morra!
Lelê, Lelêêê...

Trabáia, trabáia... Vocês já devem ter visto a lista que está aí pra baixo. A lista do que eu tinha pra fazer. Pois é, estou fazendo as coisas da lista. A duras penas.
Quinta feira, 5 da manhã: me preparo para dormir após finalizar o roteiro (tendo dormido à mesma hora, pelo mesmo motivo, no dia anterior) do filme de Marketing. A porra lida até com Teoria de Caos, não foi ruim, apenas exaustivo.
Quinta-feira, 8:30 da manhã: o despertador me acorda com uma daquelas músicas horríveis da Antena Um (acho que vou mudar pra Maldita FM). Eu me arrasto pra fora da cama e espero quinze minutos até a atriz e a produtora chegarem. É outro filme que será feito hoje, o sobre a Lei de Murphy (que irônico). Chegam o professor, o cara do boom, a diretora e já vêem os móveis no lugar. Eu começo a organizar a bagunça que precisamos para o cenário. Sacos plásticos, caixas, embalagens, roupas, livros, revistas, copos, e... o disco do Jordy (eu e três loucos cometemos o roteiro).
Quinta-feira, 11:00 da noite: Eu entro na cozinha e abro a geladeira para pegar um mate. O mate não está lá. O cara do boom me avisa pra tomar cuidado.
- Por quê?
Ele aponta para cima e vejo o professor sobre a geladeira com a câmera. Eu não tinha percebido, devido ao meu esgotamento patente. Nessa altura, minha avó já havia participado do filme como figurante e meu namorado estava prestes a participar.
Sexta-feira, 00:15: Todas as internas foram filmadas; só faltam as externas. As pessoas se despedem e saem, deixando ainda uma pequena bagunça.
Sexta-feira, 1:30: eu finalmente durmo, pensando em como foi legal fazer o filme apesar da estafa.
Sexta-feira, 12:15: Acordo para receber mais pessoas para outro trabalho: um jogo.
Sexta-feira, 10:00 da noite: As pessoas vão embora sem ter terminado de fazer o jogo ainda.
Sábado: almoço com a mãe, aniversário da Luana na Bunker.
Domingo: talvez terminar o filme. Com certeza terminar o jogo e começar um outro trabalho.

19.8.02

E cruuuza a linha de chegada...

Tô brincando. Eu juro que li "O Matador" com o maior cuidado, apesar de ter acabado com ele em três abridas (entenda-se "abridas" como cada vez que abri o livro e li montes de capítulos). É que a concentração aumenta quando se está animada.
Acabaram os três livros que comprei na FNAC por estar louca pra lê-los. E olha que estava muito atarefada.
De qualquer modo, já tô de olho nos "Deuses Americanos" que meu namorado comprou. Li quinze páginas no ônibus (e fico enjoada lendo em ônibus, aliás, foi o que me fez parar).
E ainda tenho que escrever o meu, tenho idéias que vão se acumulando pois não tenho tempo para pô-las no papel. Mas setembro (minhas férias, creia) vem aí!
Odeio isso

Tem mais uma coisa que odeio. É passar na frente daquela novela das 8 maldita e ver o Gianechinni (ou seja lá como que se escreva isso) fingindo que toca Chopin. E não qualquer Chopin, mas o meu preferido, o Nocturne opus 9 número 2. Maldita pasteurização da música. Já não basta tocarem demais as músicas pop legais, fazendo a gente enjoar delas, agora vão fazer isso com as clássicas. Damn you.

15.8.02

O teclado-Sugismundo

Lembra do Sugismundo, o menino que não tomava banho? Pois é, encarnou no meu teclado. Eu gastei uns 20 cotonetes embebidos em álcool (dos dois lados) para limpar cada lado de cada teclinha. Tudo porque minha vó inventou de jogar a capa do teclado fora (porque eu nunca usava, mesmo!) e agora ficou me perguntando porque eu não colocava a capinha. Olhei bem pra ela, pra ver se ela se lembrava, e nada!
- Vó, você quis jogar ela fora!
- Eu? Tá maluca?
Ela está esclerosando, não sei não. Hum... que feio! Eu já estou indo pelo mesmo caminho...

12.8.02

No Shopping

Encontrei o Jorge, meu editor, na entrada do Cinemark do Botafogo Praia hoje. Disse para ele que estava terminando o livro novo e que pretendia entregá-lo até dezembro.
Livro complexo... mas acho que finalmente tive a idéia que faltava. Agora é ralar para revisar, explicar porque isso acontece se aquilo aconteceu (essa é a parte chata, odeio ter que ser lógica). E isso pode bem demorar cinco meses.
Debate

Não vi o debate dos candidatos a presidente, só o dos governadores do Rio, hoje. A Benedita, ao contrário das expectativas, é a que melhor fala. Atrás dela vem a Rosinha, muito boa em decorar milimetricamente o discurso de marketing que lhe ensinam. Os lanternas são a Solange Amaral e o niteroiense (ainda não decorei o nome dele). Ele se atrapalha muito, divaga, se perde nas palavras.
Eu sei que eu deveria reparar mais nas coisas sérias. Mas o que era aquele jornalista que falava como o Patolino? "Voshê é dexxxprexível!"

11.8.02

O livro laranja - a Missão

Terminei o livro laranja (Refresco). E imediatamente depois comecei o "Matador" da Patrícia Melo. Estava sem sono ontem e dei uma lida. Fui até o sexto capítulo, sem trégua, e passei meia hora de sexta hora do dia de hoje.

8.8.02

Sabe dessa?

O "Scary movie" (Todo mundo em pânico) originalmente se chamava....
"Last Summer I Screamed Because Halloween Fell On Friday the 13th" !!!!!!!
Contando as palavras

Agora o livro novo já tem 136.787 palavras. E continua crescendo. Ô coisa.
É inacreditável

Eu fui procurar o nome de "Rushmore" em português e o que acho???
O nome do filme em Portugal!
Agora está explicada essa onda de traduções ruins no Brasil... é herança ibérica! Só pode!
"Rushmore", em Portugal, chama-se "Gostam todos da mesma"!!!!
Duvida? Vai pra http://www.cinedie.com/rushmore.htm.
Fala sério...

5.8.02

A Jóquei

Todo mundo está sabendo daquela moça que vai correr no Grande Prêmio Brasil. Acho ótimo. Eu sempre pensei: ué, achar mulher pequena é mais fácil que achar homem pequeno, porque não estamos cheios de jóqueis mulheres?
Agora já sei, só pode ser o nome da profissão! Joqueta...
Imagine, você está numa festa e o cara te pergunta:
- E o que você faz da vida?
- Sou joqueta.
Ele engasga com o uísque, no mínimo!

4.8.02

Só mais uma coisa

Estou me sentindo livre hoje. Só pra ter uma idéia, estou ouvindo "Dur dur être bebé" do Jordy. Pronto, falei.
Mas engraçado, vejo as pessoas entrando em livrarias pra comprar Kafkas e Dostoiévskis. Vai num sebo, caramba! Os autores novos é que deviam (de-ve-riam) ser procurados em livrarias. Não é porque eu sou uma, não. Não me considero autora nova aliás. Já sou velha... muito velha... a morte se aproximando... chegando perto... inexoravelmente.
(Este final é dedicado ao JP).
O livro laranja e outros bichos

Fazia tempo que eu não lia livros bons assim. Passei na Fnac e arrebanhei 3 pérolas que estava a fim fazia muuuito tempo.
- O LIVRO LARANJA: "Refresco", de (ou "por") Rupert Thomson. Ô livro bão! E ainda me dá saudade de Londres!
- LIDO NO MESMO DIA: "As pessoas dos livros", Fernanda Young. "Mas já? Não aproveitou nada!" Claro que aproveitei, pô. Se gastei dinheiro com ele, é porque estava louca pra ler, e se estava louca pra ler, claro que só podia acabar rápido... duh!
- PRIMEIRO CAPÍTULO LIDO DE PÉ, NUMA LIVRARIA DO RIO SUL: "O matador", Patrícia Melo. "Inferno" é podre, todo mundo fala. Deve ser. Mas este é bom, e vai virar filme ("O homem do ano") com o Léo (ou será o Lucas?). Os próximos serão "Acqua Toffana" e "Elogio da Mentira", que também me apetecem.

Desculpem, comi muita bala de coco hoje.

3.8.02

Eleições 2002

Passou um carro de som aqui na rua. Ele ficou muito tempo por causa do engarrafamento, pro meu azar. O texto era algo como:
"Forró não sei das quantas apresenta... DJ MALUCO! (e aí entrava a música "famosa" dele) "Eu vô baixá porrada...". DJ Maluco e convidados vão fazer a festa (aí dava o endereço). Apoio: Deputado Estadual João Pedro, 25001."
Guardaram bem o número? Então não votem!
Alguém que usa carro de som na campanha para mim está fazendo anti-propaganda. Mesma coisa com galhardete. Agora, patrocinar festa com DJ Maluco já é pedir pra "baixá porrada".

2.8.02

HIPERCUBO

Lembra do filme Cubo? Então. Fizeram uma continuação e aqui está o trailer (em inglês).
Minha versão

Acho que o JP foi muito pessimista na sua versão do fato horrendo que presenciamos na sessão de "Um grande garoto". Não "estamos todos errados".
Refiro-me a um pitboy que entrou no cinema com uma paty a tiracolo, e eu, "pós-conceituosa" com esse grupo, soltei um "nossa..." baixinho.
O casal conversava alto e não parou quando as luzes apagaram. Logo eles ouviram um "SHHH" coletivo e o cara resmungou para ninguém em especial: "Shhh porra nenhuma". E olhou em volta, querendo achar alguém com "coragem" pra repetir.
Antes do filme, apareceu até o aviso pra desligar os celulares, mas com quinze minutos de filme já estava o elemento falando ALTO no celular. Não era nada de importante (sei porque ouvi a conversa toda, apesar de estar a uns cinco metros), mas ele fez questão de falar alto e prolongar a conversa.
"Pronto, agora ele desligou", pensamos todos, aliviados. Que nada. Daqui a pouco olha ele atendendo de novo. A namorada deve ter pedido para ele sair. Quando ele passou, ouvi um "oi, mãe". Mas claro...
Voltou ainda falando e desligou. Dessa vez todo mundo pensou: "Será possível?".
Não, o indivíduo não desligou o celular e atendeu pela terceira vez. E dessa vez, falava alto - palavrões incluídos. Recebeu outro SHHH coletivo.
Aí sim, o cara do casal que estava mais perto cometeu o erro de dar motivo pra ele. Era óbvio que o troglodita só se comportava como criança mimada porque era forte, e "se garantia" no caso de briga. Uma espécie de autoconcepção de Super-Homem - que gerou um Super-Asno para nós.
O outro disse: "Dá pra desligar isso?".
O troglodita engrossou a voz: "Porra, mas fala direito".
Outro: "Mas eu já tinha fala..."
Troglodita: "Porra, fala direito!"
Outro: "Eu falei an..."
Troglodita: "Porra, fala direito!"
Enfim, bastou o outro dar uma ameaçada de levantar da cadeira pro troglodita se levantar todo animado. E então ficaram dois trogloditas.
Enquanto as velhotas gritavam, sabe o que eu reparei? Na paty do troglodita. Ficou sentada plácida. Mãos nos joelhos. Aquilo devia ser MUITO comum na vida deles.
Logo minha atenção foi desviada: o troglodita 1 acabara de dar um soco na mulher do recém-troglodita, porque este caíra (fora jogado) em cima da paty (que agora saíra dali).
Ninguém conseguia separar eles, JP foi chamar os seguranças, o filme parou. Eu estava tremendo de tensão e pensando: "Não acredito nisso. Não acredito nisso."
Não podia acreditar que pitboys extremos fossem mais que uma lenda.
Eu estou tendo em Antropologia conceitos como Alteridade (aliás é só o que estou tendo lá, vide post abaixo). Creio muito nisso, é muito bonito, mas há pessoas que não querem respeitar o outro, por mais que você insista em respeitá-las para ver se elas se tocam. Esse troglodita tem problemas psicológicos, uma auto-estima do tamanho de um botão (no fundo), e se pudesse arriscar um diagnóstico, tascava-lhe "sociopata".