24.11.02

Viva, não quebramos o restaurante!

E eu vou me mudar para a casa do meu pai (estou muito feliz!)! Amanhã não tem aula, então vou fazer o serviço de uma vez. Wish me luck!
Os comentários do 9,5

Agora que botei as mãos no trabalho sobre Matrix e Blade Runner, tomei conhecimento dos comentários da professora. Sim, ela é do tipo que lê o trabalho todo (uau) e faz pequenas anotações do lado. Na primeira página, tem o 9,5 escrito a caneta. Atrás, há os vestígios a lápis disso aqui: 9,5 ou 10. Embaixo, ela comenta: "Tem "imperfeições" mas gosto muito do seu trabalho."
Tá, eu mereço. Quem mandou não resistir a falar de Um-Olhinho, Dois-Olhinhos e Três-Olhinhos?
Pelo Telefone

I

- Amanhã não, eu vou sair com meu pai. Ele quer que eu almoce com ele e minha mãe.
- Ele quer que você vá? Pensei que fossem só eles.
- Pois é, vão os três.
(Silêncio.)
- Vamos quebrar o restaurante...
- É; tava pensando isso...

II

- Vou ver se vamos prum restaurante bem chique, tipo aquele que minha mãe gosta que tem a pizza D.O.C.
- ?
- De Origem Controlada...

III

- Vou pedir um cálice de cristal e uma colher de sobremesa pra fazer TIM-TIM-TIM quando quiser falar. Ou melhor, vou pedir sete cálices e uma jarra d'água, pra fazer DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI...
Boa notícia, pra variar

O Cristovam Buarque deve ser convidado (e deve aceitar) o Ministério da Educação do Governo Lula. Já pensou que choque de qualidade, depois da experiência com nosso queridíssimo Paulo Renato?
HAI-FURIDDO

Ainda não sei o que significa a palavra, mas estou quase sabendo japonês. Taí, o tsu, aquele símbolo que parece um Smile de lado, não é um tsu genuíno mas um tsu pequeno, que indica que a próxima consoante deve ser dobrada. Não é pronunciado. Portanto, Hai-Furiddo ou Hai-Furidô.
Hai deve ser uma versão japonesa da palavra High"(mas também quer dizer "sim" e uma porção de outras coisas). "Furi" é um verbo que quer dizer balançar, arremessar, jogar (e então o dô final seria tipo uma conjugação) mas também é a versão japonesa de Free. Dô também pode ser usado numa miríade de sentidos, como "como" (advérbio) e "caminho" (Karate-Do!).
Será que significa High Freedom? Podia muito bem ser, não fosse já a "versão" de Freedom outra palavra... Além disso, estampar uma frase inglesa em japonês me parece meio... hã?
Putz, o que é a falta de sono...

23.11.02

ハイフリッド (HA I FU RI TSU DO)

Se alguém souber o que isso significa, me diga. Tenho uma blusa com isso escrito e não consigo chegar à uma conclusão sobre o que significa. Estou achando que é uma corruptela de "high-fashion" ou "high-fidelity", mas não tenho certeza.

20.11.02

Ainda coisas que eu odeio

Sabe quando tem uma pessoa que você não vê há anos? Sabe quando você fica olhando pra pessoa e pensando: "me lembra alguém", e aí você pensa, "ah! é Fulano!", aí você pensa: "pô! será que é mesmo?", fica tentando descobrir se é, e aí descobre que a pessoa já percebeu que você está olhando, e tá olhando pra você há um tempão, provavelmente começando a pensar o mesmo, mas nenhum dos dois se reconhece porque estão um bocado mudados, o ambiente está escuro e embaçado e você não consegue ver a pessoa direito pra ter certeza se é ela ou não, e nenhum dos dois tem coragem de pagar o mico de chamar "Fulano!" e não ser Fulano, e por isso acabam não se falando?
Putz, isso me aconteceu! Odiei, me senti uma toupeira!
Eu tirei nove e meio no trabalho!!!!!

Isso mesmo! Não tirei dez, mas nove e meio tá de ótimo tamanho! Agora só falta eu botar as mãos no trabalho, porque segunda, quando tem a aula dela, eu dormi como uma pedra. Só apertava o sleep e dormia de novo. Depois da terceira vez, desisti. De festa, nunca tenho ressaca alcóolica, apenas onírica... E agora estou
1-dormindo às nove e acordando às 2, 3 da manhã sem sono;
2-dormindo de seis e meia (quando volta o sono) às oito, quando vou pra faculdade;
3-dormindo de quando eu chego até umas 4 da tarde.
Em suma, um verdadeiro triatlo de sono e resistência. Uma espécie de blue tuesday do sono. Vou ver e quarta eu conserto...
Agora estou pensando, que fontes nada ortodoxas que eu usei no trabalho. Livro de contos do Grimm, introdução ilustrada à Informática e... bem, o texto dela (da professora). Ela deve ter pirado! Por que eu faço isso?

18.11.02

A foto e a festa

Dar festa é bom, mas é um saco. Sábado teve uma aqui em casa; aproveitei para estrear a bendita máquina nova - comprei um filme preto-e-branco, afinal, assim as pessoas se animavam mais a posar (ou posar não, que não tem nada a ver - melhor dizendo, deixarem que eu batesse a foto). Também queria que as fotos da festa tivessem um clima diferente das outras fotos de festa, que são muito normaizinhas.
Fotografei, por exemplo, a cara colada de um casalzinho, ocupando a foto toda: coisa que eu não poderia fazer com a máquina antiga. E só as pernas das pessoas fazendo passinho na pista de dança, ajustando o tempo de exposição pra sugerir o movimento.
Como eu não sabia mexer direito na máquina ainda, não estava bem certa do que estava fazendo até a décima foto, quando comecei a inventar esses trelelês aí de cima. Não creio que vá sair bom, só estou rezando para que alguma foto saia minimamente boa! Senão, desanimo...
Outra coisa; convidei para a festa 45 pessoas. Vieram umas 15 (sendo que da última vez vieram 30!)! Tenho várias teorias para explicar isso: era feriado e as pessoas viajaram; casais que há pouco se formaram devem ter dito que vinham para a festa e foram para... bem, outro lugar; e a maldita síndrome do grupinho. Ou seja: Sicrano liga pra Fulano perguntando se ele vai. Fulano não vai. Ora, se Fulano com quem eu mais converso não vai, vou ficar deslocado; também não vou! Também existe o centro do grupinho, que se não vai, ninguém do grupo vai. Os "centros" viajaram, que eu sei. Deu nisso.
Mas foi a festa mais divertida das últimas. As pessoas conversaram, e os três que sobraram - eu, meu namorado e um amigo - conversaram até amanhecer, esperando o ônibus dos dois começar a passar de novo (!). Provei (ou seja, tomei um centímetro cúbico) de um vinho branco, os quais geralmente não me agradam muito, mas este achei bom. Passei os DVDs de Amnésia, A Doce Vida e Clube da Luta.
Acho que, pra próxima festa (se houver) vou convidar só o pessoal da faculdade. Descobri que me afastei um bocado do pessoal do colégio (me refiro ao de até a 8a série; do outro, nem cheguei a me aproximar!). E já passei da idade de dar festa grande, a não ser lançamento de livro...
Cafonalha

Eu pensei numa boa (?) tradução para a palavra Wonderwall. Que tal "Porta da Esperança"?

14.11.02

Pesadelo

Eu sonhei que tinha acordado (isso é muito ruim) e que minha avó estava com o meu nariz, quase reto, meio curvo. Aí eu falava: "Você fez plástica no nariz, confessa!". Ela claramente mentia que não e eu insistia, até que pensei: "é, este deve ser sonho. Deve ser. Vou tentar acordar."
Mandei uma desagradável descarga elétrica ao cérebro, acordei com medo, acendi a luz. Pensei no nariz da minha avó: era pontudo, curvado pra dentro, narinas grandes. Foi aí que eu descobri que o nariz que ela estava usando era o meu!
Sempre lembro dos meus sonhos quando acordo, ou quase sempre - é, tenho altos contatos no meu próprio inconsciente. Tento sempre interpretá-los (psicologicamente, não sou José) logo que acordo. Acho que este quer dizer que estejam desrespeitando minha individualidade (etc.).
Outro dia cheguei a sonhar que tinha certeza que estava sonhando. O sonho estava péssimo, estava deliberadamente tentando me sacanear, começava a chover, eu pisava em cocô de cavalo, acabava a gasolina do carro etc. - aí eu parava o enredo do sonho, cheia de raiva, ordenava que parassem com aquilo e eles paravam, e eu interpelava os atores do sonho sobre o que aquilo quereria dizer, porque eu não estava entendendo. Desembestei (ou meu ego desembestou - típico!) num monólogo freudiano sobre a interpretação daquele sonho, então o sonho acabou. Talvez porque eu o tivesse sacaneado de volta.

13.11.02

The lady with a tenor sax

Maria Luiza toca saxofone. Como aprendeu desde pequenininha, já passou do alto pro tenor.
Para descobrir isso, tive que pesquisar, porque não entendia nada de sax... Aproveitei minha noite insone e fucei montes de sites. Pesquisa de campo, yeah!
Aproveitei para pesquisar músicas que usassem o tal do "sax tenor". Aí achei uma música do Freddie Mercury chamada "The lady with a tenor sax"! Don't look back, don't look back/ Cause the lady's gotta tenor sax. Quão perfeito!
Encontrei também "Mood Indigo" tocada por Duke Ellington. Viu, Maria Luiza tem mais classe que eu pensava! Você nunca pára de se surpreender com seus personagens são capazes...
Lembrete

Nunca mais passar esmalte com purpurina nas unhas se for roê-las depois!

11.11.02

Contagem, MG

O livro novo já tem 187.469 caracteres, 33.887 palavras, e 66 páginas em Times New Roman 10 espaço simples...
Não, não acabou... mas isso me ajuda a chegar perto do fim... Eu imagino que fique uma edição linda! Um livro grossinho, negro - tem que ser negro, sim!
Vou sugerir uma capa... aliás, sugerir não! Vou fazê-la agora!
Falta de sono é fogo...

10.11.02

O medo da substituição

Há um obscuro conto dos Irmãos Grimm chamado Um-Olhinho, Dois-Olhinhos e Três-Olhinhos. A história: as irmãs de um e três olhos odeiam e destratam a irmã normal por ela não passar de mais uma no rebanho. Porém, certa divindade ajuda a menina de dois olhos a escapar daquela situação e a encontrar seu príncipe.
A mensagem é dupla. O normal é ser normal - isso é o que o final da história parece nos assegurar. Porém, o fato da menina de dois olhos precisar de ajuda mágica para sobrepujar suas inimigas nos põe a pensar se, afinal de contas, ela não se destacou porque se tornou mais extraordinária que suas irmãs.
Hoje, o corpo humano se tornou amplamente cultivável. A técnica nos promete infinita capacidade de auto-determinação, e inclusive, para o futuro, a imortalidade. Tatuagens, plásticas, próteses, seios de silicone, fisiculturismo etc. - as possibilidades se multiplicam.
Na atualidade, há euforia e medo quanto a essas possibilidades. Enquanto alguns exibem na mídia seus corpos altamente modificados e disciplinados, outros estão atordoados com a perda de referências; afinal, nossa tradicional noção de humano - algo mortal, singular e sexualmente desejante - é continuamente abalada.
Esta análise se utilizará de dois conhecidos filmes de ficção-científica (narrativa da atualidade por excelência), Matrix e Blade Runner, para iluminar algumas questões suscitadas pela grande intervenção da técnica no corpo e na idéia de corpo.

Matrix - Quem é que manda?

A campanha publicitária do filme Matrix se concentrou no mistério: o que é a Matrix? A Matrix, primariamente, é uma estrutura que embota a consciência dos humanos para que as máquinas possam se servir da energia dos corpos. Mas a campanha só funcionou porque a resposta não só não decepcionava, como produzia terror: a Matrix é simplesmente a tradução de um dos maiores medos patológicos atuais. Hoje, usamos as máquinas como acessórios à nossa vida e corpo; amanhã, as máquinas poderão estar nos usando da mesma forma - por que não?
Há outros agravantes: no filme, as máquinas produzem humanos (assim como produzimos máquinas hoje); mais especificamente, as máquinas cultivam humanos, seus alimentos, em simulacros de plantações (assim como cultivamos nossos alimentos em plantações).
No filme, as pilhas humanas são conectadas à Matrix através dos chakras do corpo. Quando o personagem Neo (Keanu Reeves) é libertado da estrutura, um (re)nascimento é astuciosamente emulado: nu, Neo é expulso do casulo-útero e escorrega por um túnel junto com uma espécie de líquido amniótico. Tudo isso ajuda a produzir um fascinante terror no espectador.
Porém, o verdadeiro medo não é de nos tornarmos baterias para computadores avançados. A ameaça é perder os limites: quanto de mim posso substituir por técnica sem que deixe de ser eu mesmo - ou ser humano?
Em Matrix, há graus diferentes de envolvimento dentro da estrutura. Aquele que está totalmente embotado pelo sistema, que está tão integrado que não percebe que faz parte dele, pode ser, a qualquer momento, incorporado por um dos Agentes - entidades que cuidam da manutenção da ordem na Matrix. Por isso, os humanos de fora do sistema buscam libertar principalmente os que sentem que estão presos.
Igualmente, é mencionado que os Agentes não têm a capacidade que os humanos possuem de quebrar as regras do sistema - porque são baseados num mundo feito de regras. E essas regras são as da Lógica, desde a álgebra booleana até algoritmos (1), que os humanos são igualmente capazes de usar - porém, com o grande diferencial da imaginação e da criatividade.
Os humanos que vivem fora da Matrix, no entanto, não deixam de se servir das máquinas. Eles se utilizam de outras máquinas para observar a Matrix; conectam-se, literalmente, a realidades similares à Matrix para treinar contra a própria; fazem download de novas habilidades (como o kung-fu) nos próprios cérebros.
É quase uma divisão entre máquinas-vilão e máquinas-mocinho. As máquinas boas ajudam os humanos e estão sob o seu controle, até porque não têm consciência; as más, até porque têm consciência, há tempos rebelaram-se e escravizaram os humanos.
O que nos leva a outra questão premente, o reverso da moeda: quanto de humano posso pôr na máquina sem que ela também se torne humana - obtendo consciência, por exemplo?

(1) Larry Gonick propõe um “algoritmo sinistro” que seria capaz de transformar uma máquina num predador cibernético. Seria algo como: Reproduza-se. (1) SE nada se interpõe no seu caminho, ENTÃO volte para Reproduza-se. (2) SE algo se interpõe no seu caminho, ENTÃO destrua-o.

Blade Runner - Máquinas com alma

Quem se lembra da história do caçador de andróides há de concordar que se trata de um filme tremendamente humano. O termo utilizado para a matança de um andróide era remoção. Porém, quando algum andróide morria, o filme parava para se lamentar. Morriam em câmera lenta. Às vezes, seguia-se um longo e compungente close no corpo inerte.
Os andróides poderão ser como nós; terão sentimentos e desejos. Uma das personagens chega a citar o famoso Penso, logo existo. Esta é uma das lições da história. Mas o filme vai além, instilando a suspeita de que, talvez, estes andróides poderão ser melhores que nós.
Os andróides da geração Nexus-6, o ápice da similaridade aos humanos, duravam apenas quatro anos. O recado é claro: o gênio Tyrell (Joe Turkel) percebera que era preciso limitar as máquinas. Primeiro, para que elas não se misturassem a nós. Segundo, e mais importante, para que elas não nos sobrepujassem.
Blade Runner, no entanto, acena com ainda outra mensagem: a de que a qualidade da vida não é medida pela sua duração. Ao longo do filme, todos os andróides provam ter ideais mais puros que os dos humanos. A luz que brilha o dobro dura a metade, diz o criador (Tyrell) quando confrontado à criatura (Roy Batty, andróide representado por Rutger Hauer) que pede mais tempo de vida, sem obtê-lo. Pouco depois, os nobres ideais de Roy fazem com que ele salve a vida daquele que o caça, provavelmente por identificação com sua vontade de viver. Então, percebendo que sua hora está chegando, descreve as melhores imagens da sua vida e conclui: todos estes momentos morrerão com ele. Roy morre soltando uma pomba branca contra o céu poluído.

Matrix - Membros Descartáveis

Anos depois, os irmãos Wachowski realizaram a vertiginosa fantasia conhecida como Matrix. A morte já acontecia de uma forma diferente: em alta velocidade. As pessoas caíam para todos os lados. Dessa vez os computadores (agentes) não eram humanizados, e sim indestrutíveis. Aliás, um corpo humano poderia ser tomado por eles a qualquer momento. Servíamos como meras pilhas para o imenso mainframe chamado Matrix.
Mesmo na equipe dos mocinhos, quando se sofria uma baixa, a ação logo era retomada. Alguém constatava: Ele morreu, só para registro, e antes que se pudesse repetir o nome do finado, seguia a trama. Os únicos que garantidamente continuarão até o fim do filme - e numa provável seqüência - são os heróis principais. Fenômeno igualmente observável em outros filmes recentes, como a série Missão Impossível.

Conclusão

A vontade de não ser mais um no rebanho é o que mais tem empurrado alguns de nós para a modificação do corpo por meio da técnica: ser mais bonito do que era, mais musculoso que os outros, mais veloz que o último recorde.
Parece ser uma infindável alimentação de ego que, muitas vezes, traz conseqüências penosas - vide o número de desastres nas mesas de operação plástica e mortes de atletas por excesso de anabolizantes. Cirurgiões plásticos que mantêm sua ética chegam a recusar plásticas desnecessárias e/ou arriscadas, motivadas na verdade por problemas de auto-estima do cliente.
Como se vê, o individualismo chega às últimas conseqüências impulsionando e impulsionado pelos progressos da técnica, quase num moto-contínuo. A pergunta é: onde isso nos levará? Qual aspecto da antiga concepção de humanidade o pós-humano irá resgatar: o melhor, como em Blade Runner, ou o pior, como em Matrix?
Um pouco de teoria e pesquisa

Este aí em cima é meu trabalho para uma professora que eu achava muito legal até que...
Não sei se foi aqui que falei, mas gosto de testar meus professores. Só os legais. E é uma coisa meio involuntária. Mas é interessante saber que justo aquela pessoa tão legal tem seus limites; tem seu calo que não pode ser pisado.
Teve um professor de roteiro em teatro para o qual entreguei uma pecinha chamada "Microdrama pós-moderno". Eu achava ele muito legal, com aquela história da clássica tragédia grega e pessoas de nomes complicados, como Clitemnestra e Antígona. Só que ele entrou em parafuso quando mandei aquela coisa: AIDS, seringas, tentativa de estupro, monolitos negros e revista Vogue - tudo em uma página escrita, frente e verso. Me devolveu com um comentário nada elogioso. MAU! Não gosta de teatro experimental? Ele apedrejaria o tal cara que inventou o teatro, o Téspis. Imagino ele numa túnica, agitando os braços:
- COMO ASSIM "VOCÊ É DIONÍSIO", IDIOTA!
E essa professora é ótima, fala de coisas bonitinhas e pós-modernas (ou "da atualidade"), mas me deu 5,5 na prova que achei que foi a melhor da minha vida. Tirar nota baixa merecida, como em Economia, não ligo, mas esse liguei. Mostrei para os coleguinhas, perguntando se estava tão ruim assim. Não, não estava nada mau; mas eles foram unânimes em afirmar que eu havia cometido um pecado supremo, FALAR MAL DO MICHEL FOUCAULT!!!
Agora estou em outra matéria dela. Dessa vez, acho que mereço dez! Nem mencionei o Foucault (pensando bem, talvez isso seja um erro... indiferença ao Foucault!).

6.11.02

Cocadaboa

O comercial novo da Coca-Cola é o seguinte: sabe aqueles caras que parece que nunca saíram da idade mental de 14 anos? Quatro deles estão bebendo Coca-Cola e dando aquelas risadas artificiais de garotos de 14 anos (embora aparentem ter idade para cursar faculdade). Quando o surto acaba, eles tomam outro gole e recomeçam a rir como babacas.
Dois questionamentos:
1-Achei que tivessem retirado a cocaína da Coca-Cola há tempos! Será que voltou?
2-É por causa da Coca-Cola que se vê tanto bobo alegre? Ah, tá. Isso pra mim é anti-propaganda. Aposto que o Arnaldo Jabor vai escrever sobre isso, provavelmente nos seguintes termos: "A alegria estúpida do capitalismo em forma de líquido. Filhinhos-de-papai babacas bebendo refrigerante (mas poderia ser chopp) depois de jogar Counter Strike ou outro videogame imbecilizante qualquer, e antes de comer patricinhas loiras e bronzeadas de sol."
Arreda!

4.11.02

Manual de sobrevivência anti-social em academias da moda

- Se seu corpo não está (ou não é) o da moda, não se envergonhe! Exiba-o nos horários mais lotados da academia: os bombados é que vão morrer de vergonha, porque aquela academia não tem "tanto nível" como eles pensavam!
- É impossível a comunicação entre dois seres do sexo masculino sem a língua do ó. "Oí, Mórcos, todo om cimo?" (Trad: Aí, Marcos, tudo em cima?). Suspeita-se que seja algum efeito colateral dos anabolizantes.
- Quando tocar Sandy ou Kelly Key e alguém começar a cantar junto, discurse contra "aquela bosta pré-fabricada" em alto e bom som.
- Não faça Step nem Spinning!
- Lei do Chaveco 1: Se algum aluno vier gentilmente oferecer ajuda com o exercício de musculação, ou perguntar "se o peso não está leve", não acredite que é com desinteresse. Ele está te chavecando! Diga que está fazendo exatamente o que o professor que fez a sua série te mandou (e escape de se tornar a marombada dos sonhos dele).
- Lei do Chaveco 2: Quando um cara passar repetidamente no seu campo de visão sem qualquer motivo aparente, ele está te chavecando. Se ele estiver suado e usando blusa sem manga, evite deliberadamente olhar para ele. Se também estiver sem camisa (ou tirá-la!), fique olhando para o cara mais nerd da academia. Se ele também for tatuado e tiver corte de cabelo rente, finja que está tirando meleca e está muito interessante. É infalível. E ainda, no final da operação, ele te olhará confuso: como assim ela não está me olhando?
Desculpem aí

Eu ando sem tempo pra postar; estou ocupada (e empolgada) escrevendo o livro. Os posts serão mais espaçados, mas continuarão acontecendo...

1.11.02

Shopping Spree

Não vá ao centro se não está com dinheiro. Não é que você seja acometida de inevitáveis impulsos consumistas, mas lembra de tudo que não comprou antes por falta de tempo - porque todas as lojas estão juntas! (Sim, é um complô...)
Se bem que por um lado é prático... você não precisa gastar passagem, apenas algum pé, para comprar tudo o que precisa. E a pesquisa de preços é num estalar de dedos (e freqüentemente surpreeende - vide post abaixo).
Eu fui ver preço de uma máquina fotográfica profissional. Ainda não sei o que vou comprar, mas já saí de lá (daquele mafuá) com uma boa idéia. Mas veja o que acabei comprando:
- Cartucho de Impressora
- Agenda 2003
- Xerox da identidade e autenticação (o cartório tá tão pertinho...)
Odeio gastar muito dinheiro junto. Ai, meu bolso tá doendo...
Ou serão minhas juntas exaustas?
Ambos!
Megastore sux

Saraiva Megastore. Ouvidor. Centro. RJ.
Na Saraiva antiga (que ainda existe e é ali perto), eu comprei 80% dos meus livros pré-adolescentes. Meu pai conhecia o gerente e comprava sempre pelo menos 5 livros, donde sempre levava um desconto pela amizade, freqüência e quantidade. E olha que o preço já era bem camarada!
Nas megastores, ninguém conhece ninguém. E apesar de ser fascinante, ter ar-condicionado e CD's também, os preços são cabeludíssimos e os artistas alternativos e menores (EX: EU) não têm vez.
Fui procurar o CD da Bia Grabois: estava listado, mas não tinha. As megastores até vendem CD's e livros alternativos, mas uma vez acabada a remessa (mesmo que rápido, logo com potencial extra de venda) eles não se preocupam em comprar mais. Preferem empurrar Paulo Coelho e Jota Quest pela sua goela abaixo, porque são compráveis em GRANDES quantidades e dão mais (ainda mais) lucro! Burros.
Achei uma belezinha de agenda das Meninas Superpoderosas. Passei no leitor chic deles e o preço era 24,00. Aquela agendinha diminuta era 24 reais!
Varei a porta e andei até a Casa Cruz, onde a mesmissíssima agenda custava... 15,30 reais! Comprei na hora.
Sentiu o ágio? NOVE REAIS A MAIS! Só não dou a percentagem porque não sei fazer regra de três!