18.12.02

Grandes bolas e almofadas

Recebi uma grana de natal e fui comprar uma almofada gigante que estava namorando há tempos. Roxa, com motivos geométricos, duma loja nova que abriu lá na Galeria Menescal. Não sou dessas extravagâncias, mas estava querendo uma almofada como aquela há tempos - e o preço era camarada...
Comprei e lá fui eu, pelas ruas de Copacabana, com aquele imenso embrulho na frente do meu campo de visão. Entrei no ônibus abraçada a ele, e cheguei na academia de ginástica, onde aconteceria a aula de bolas (ou "ball training" - prefiro aula de bolas).
Larguei o almofadão e abracei a bola. Essa aula é o seguinte: uma bola gigante, dessas de parque de diversões, só que mais resistente. Você usa a bola entre as mãos, entre os calcanhares, encaixada na cintura e de outras maneiras esdrúxulas. Você entra achando que "ah, que legal, bolinha, brincar!" e sai "ai... ai... ai...". O exercício mistura as dores de uma aula de alongamento com as dores de uma ginástica localizada ("local", para os íntimos - porque alguém ficaria íntimo desse gênero de tortura?).
O pior foi na hora de apoiar a cintura na bola, de lado. Tomei uma surra da bola! O problema é o atrito. A bola escorrega no menor movimento, e o meu tênis também não ajudava...
Enfim, saí de lá quebrada. A bola, apesar de fofa, enganou. Ela é uma gorda atlética! Felizmente pude descansar sobre a minha sedentária almofada.