29.3.05

O negrito está na cabeça do leitor

Em atenção à sua solicitação: realmente foi verificado que vocês não deviam estar na mesma família. Infelizmente não aceitamos devoluções, mas isso supostamente pode fortalecer a sua personalidade.

Não é oposição, é uma complementaridade ruim. Personalidades apontadas pra cabeça uma da outra.
Dentro da minha família foram muitos os pares exemplares disso, tão gritantes que eu gritava, arremessando os chinelos pelo quarto. Minha mãe e eu nos exasperávamos mortalmente uma à outra, cada uma tentando realizar idéias radicalmente diferentes do que o par, ou a outra, ou si-mesma devaria ser. Era tão melhor se nos dissessem: ok, ok. podem parar de tentar. E isso, de tão óbvio, acabou sendo dito, ainda bem, again and again and again.

24.3.05

Se eu tivesse um alfinete

Eu colocaria ele no meio do Atlântico, marcando o meu lugar no mundo.
Pacote de Expansão The Sims Vida de Universitário - versão ECO

Seu Sim acaba de passar para uma universidade pública! Parabéns! Você não terá inspetores no seu pé, nem taxas absurdas a cada guardanapo assinado que você requisitar! Seu Sim poderá explorar o Sujinho, o Limpinho, o Rio Sul, a CPM, e torcer para não ser reprovado no Saboga!

- Altere seus objetivos de vida e seus acessórios fashion: passe de esquerdista barbudo com camiseta do Che a capitalista de óculos escuros e Audi em apenas oito períodos!
- Torne-se o Dono do Campus: imprima zines com humor sub-Casseta&Planeta e seja sarcástico em todas as mensagens que mandar para a lista!
- Viva o emocionante desafio de conseguir um Diploma:
- Cumpra a maratona de AGFs e corra atrás dos professores que "esqueceram" de dar a sua nota no sistema!
- Destrate a cínica da secretaria ou assista suas suadas AGFs descerem por água abaixo!
- Vire stalker do Zé Henrique ou condene-se a vagar pelos corredores eternamente, alegando que "já devia ter se formado há oito anos"!
- Entre na gandaia geral ou seja um idiota completo que exige aulas um dia antes do feriado e secretaria funcionando das nove às seis!

22.3.05

Levando a sério

Eu disse que queria me divertir.
TOC é uma piada que ninguém entende

Quadros abstratos podem parecer obscenos. Uma folha caída em seu colo deve ser depositada sobre o Passat estacionado. Os bueiros têm que estar corretos, a faixa pintada neles casando com a do asfalto. Chopp é com dois pês, não com dois ós; e roll não tem dois ós, mas dois eles.
Da série: traduções horríveis

Trainspotting = Corrida de submarino
Ironia do dia II (falando em traduções traidoras)

Ler Trainspotting no metrô indo pro trabalho, sendo que entre o final de O Morro dos Ventos Uivantes e o início de Trainspotting eu ficava trainspotting.
Gelo baiano

Então, terminei O morro dos ventos uivantes e fiquei me (lhes?) devendo uma resenha. Agora que eu me importo com esses troços tipo tradução-boa-ou-ler-no-original, agora que estou sob a influência desses astros, peguei a da Rachel de Queiroz, embora mais cara e volumosa. (E brevemente também me importarei com o projeto gráfico dos livros; sei que esta edição foi bem-acabada graficamente, sei que suas linhas foram bem-separadas e suas serifas arredondadas num estilo antigo - tanto que a fonte se chama Old Style - fabricam a agradável leitura; sei agora que livros feios me incomodarão extremamente quando eu tiver terminado esta matéria de que falei aí abaixo. Virarei uma fetichista de merda, exigirei livros de saltos altíssimos e meias 7/8 com babadinho. Ou não.)
E, olha, ler Emily de Queiroz fez diferença. O livro me sugou para dentro. Eu fui lida, não li. Embora às vezes Rachel patine: nunca o interior da Inglaterra pareceu tanto com o sÉrtão nordestino. Não sei bem aliás se isso é uma patinada, na verdade. É uma traição justificada. Facilita a identificação. Mas nem todos os leitores vão ter essa luz. De qualquer modo desperta o apetite para uma lida no original, que nada é tão original como o original...

20.3.05

ECL513

Atende por Produção de livro ou outro impresso, ensina a mexer em Photoshop, Corel e Pagemaker. E é uma das mais hidden staged, easter egged matérias da ECO. Não sei nem como não tem fila na porta (e por isso falo agora que as inscrições já terminaram. Façam no semestre que vem, shoo!).
Ah, é: é porque o professor não finge que ensina...
Quero muito ver

Sin City (inspirado na HQ de Frank Miller, com uma seqüência dirigida pelo Tarantino)
The fountain (Darren Aronofsky)
Sal de Prata
A fantástica fábrica de chocolate (com o Johnny Depp como Wonka)
Batman Begins

19.3.05

Inspirada na série Lola (a bem da verdade, devo dizer que já tinha essa idéia antes, mas... não é difícil de acreditar?), resolvi fazer algo similar.
Guta é uma menina que brincou de boneca até muito tarde, para desespero dos meninos, que desejavam seus seios. Guta, no vestibular, ficou em dúvida entre Psicologia e História, mas acabou prestando Comunicação. Foi para uma faculdade particular (porque as públicas estão "sempre em greve"), onde brinca de adedanha nos intervalos. Guta vê Big Brother Brasil e, quando se apaixona por algum garoto, pensa seriamente em jogar pétalas de rosa de helicóptero ou colocar um outdoor-declaração na frente da casa dele, mas não tem coragem. Guta gosta de zoar, mas não de ser zoada: amarra um beicinho. Guta não se parece com alguém que você conhece?
"...já que sua cabeça esteve completamente vazia por segundos inteiros. Ao voltar a corrente, o primeiro pensamento teve a força de um maremoto: (...)"

Isso foi escrito antes do maremoto, só que agora eu fiquei com vontade de mudar pra tsunami. Devia ter mudado antes, pra não ficar com vergonha.

18.3.05

Não - era só o refrão em repeat. E eu nunca tinha prestado atenção no que ele dizia:

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine
Escuta essa: ao som de There's a light that never goes out (pois meus sonhos têm trilha sonora), sonhei que estava jogando uma versão de The Sims online/realidade virtual/RPG com vários mundos possíveis (um com mais água, outro com menos oxigênio, e assim por diante). Para variar, eu, que sou muito criativa, escolhi as ruas de Botafogo à noite. Pois o "tema" eram os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Peste e Morte passaram perto de mim; minha barra de energia foi diminuindo, meu coração foi parando e eu morri. Fui ressuscitada pela minha avó, que também estava jogando.

16.3.05

Heurística heurística
A borboleta azul
Ela é azul
E voa assim
Mexe as anteninhas e sorri pra mim
Mas eu aaamo
Como eu amo gosto dela assim
De asas abertas
Mexendo as antenas
Sorrindo pra mim
Tem UM livro da Fernanda Young que eu achei bom: A sombra das vossas asas. Carina e Rigel, Carina e Rigel. Os outros não gosto. Não me deram vontade de comprar. Comprei até o As pessoas dos livros, mas achei, digamos, dispersivo. Diluído.
Ah, sim. É que só gosto muito de livros obsessivos. Obsessivos cold-blooded ou mais românticos, conforme for. Os que não dormem no lance e ficam sempre em cima do mesmo assunto como uma mosca varejeira. Crime e Castigo (frio, e morninho no final siberiano), por exemplo: quer algo mais obsessivo do que isso? Ok. Lolita, então. Outro dos meus favoritos (e quente). O grande Gatsby, um favorito lido mais recentemente (quente). Ou outro que está se tornando favorito enquanto leio, O morro dos ventos uivantes (frio). Até o primeiro favorito adulto, Perto do coração selvagem, é obsessivo (frio). Ele gira em torno do mesmo tema. Mesmo que eu não saiba dizer qual é. Não é Joana, disso eu sei. Quem disser que é mulher leva um tabefe. Este, portanto, além de obsessivo é obcecante.
Resumo do livro:

Uma menina dessas que distribui folhetos pediu à senhora para segurar o top que ela ia tirar a blusa, um homem bebeu um garrafão de 20 l glo glo glo de uma vez em frente à distribuidora de bebidas, uma acompanhante dessas que aparecem nos anúncios com spots na cara foi contratada por um cara louco por rostinhos bonitos, e quando ela chegou ele viu que ela tinha um spot na cara, e uma pessoa que tinha um adesivo "perca peso, pergunte-me como" estava fechando o carro quando foi cercada por uma horda de selvagens que ficaram perguntando "COMO?" "COMO?" até ficarem afônicos ou a pessoa começar a chorar, o que viesse primeiro.
Desde quando, aliás, pretensioso virou sinônimo de ruim? Gostaria de saber. E descobri. Desde que quiseram padronizar a mediocridade.
Quer dizer, se "pretensioso" é ruim, quer dizer que estamos proibidos de tentar voar mais alto ou de fazer algo bom de verdade. Temos que tentar apenas o que podemos. O bom só pode sair por acidente. Ou então temos que ser falso-modestos como rockbands montadas na grana que dizem que nunca quiseram o sucesso e que no fundo são uma banda de garagem.
Acho que dá para multar alguém por ser pretensioso e não atingir a pretensão, mas não por simplesmente ser pretensioso. A não ser que estejamos sendo cristãos; aí, me avisem.

14.3.05

O livro? Vai bem, obrigado. Umas cenas-ponte ainda devem ser construídas, aqui e ali, e carece duns tempos verbais mais adequados, mas é só.
Um bom sinal é que não consigo parar de lê-lo. Eu sei o que tem lá, mas é como se eu quisesse esquecer, só pra ter que ler. Toda vez que abro o arquivo, deslizo a barra de rolagem e leio páginas a fio. Depois me dou conta que estou brincando de escritora, não de leitora. É hipnotizante. Coeso. Mas tem humor. Mau humor. E bem de acordo com o nome de batismo, tem humor negro também. Ele é underground no sentido subterrâneo da coisa. É como se houvesse mais seis subsolos sob o asfalto. Muitos significados por centímetro quadrado. Esse livro é sério, sério, sério. Tanto que já me cansei de tanta seriedade; depois planejo fazer alguma coisa mais divertida. Malditos grandes projetos ambiciosos...
Pior que maldigo e continuo: agora a pretensão é escrever para me divertir! Assim como antes achava que não conseguiria alcançar tamanha seriedade, agora não creio que saiba alcançar um mood tão leve. Veremos.
hannibal thoughts

Se você é mau e alegre, é doido. Se você é mau e frio, um psicopata. Se é mau às vezes alegre, às vezes frio, é bipolar.
Fui num prédio onde os elevadores ímpares têm voz de homem e os pares, de mulher.

11.3.05

About going laa la with hands over ears

1. Bom se você está evitando escutar um final de filme ou uma conversa que não lhe diz respeito. 2. Ruim se praticado corriqueiramente e se houver pretensão de prestar concurso para ser humano.
3. If you must go laa la, go throughly and happily.

10.3.05

Papai Noel velho batuta

Os double-deckers são brinquedos tão legais que só podem ser usados por gente séria. Quer dizer, imagine só um motorista de 432 com um desses na mão, por exemplo. (E desculpando-me antecipadamente com quem não entende de Harry Potter: seria certamente confundido com um Knight Bus.) Double-deckers indefesos seriam, também, queimados e virados por manifestantes em cima deles mesmos por falta de prática, e galeras batucariam mais animadas que nunca na lataria do recém-tomado segundo andar.
É o princípio de Papai Noel: crianças ajuizadas ganham os melhores brinquedos.

9.3.05

Da série: perguntas incompreensíveis (desenvolva) (I)

Será que eu sou uma pessoa esforçada?
Paredes finas
(tem um cara sapateando aqui em cima)

O legal mesmo em se ter gosto musical esdrúxulo é que os vizinhos nem conseguem te odiar sem um pouco de admiração - pelo menos não nos termos usuais de maldita ouvinte de bate-estaca ou de rock. Vamos, me xinguem de maldita ouvinte de whaddafuck.
Zydeco, folks.
Ah, e aparentemente por causa de um nanosurto de João Donato que eu tive (e de uma oportuna visita feminina dele lá) o vizinho da frente se lembrou dos seus velhos discos de jazz - não, CDs, pela falta de estalido. Todos uma porcaria, diga-se de passagem.

6.3.05

Essa tira me lembrou uma coisa que andava querendo dizer: minha nova rua fica perto de uma rua teatral. Nesta rua teatral, mulheres preguiçosas demais para trabalhar se disfarçam de mendigas (lenço na cabeça, fuligem na cara, roupas sem logotipos e várias crianças emprestadas) e senhoras se disfarçam de católicas piedosas (coques, roupas de linho, saias de corte reto e óbolos de um real - porque esmola mesmo só se dá em moeda, cédula nem pensar), embora nenhuma delas seja qualquer dessas coisas.
Hoje em dia, mendigo que é mendigo mesmo ou perambula pelas ruas sem falar coisa com coisa, coberto de andrajos, ou se enfia pelos ônibus com suas camisetas de candidatos políticos pedindo uma ajuda ("não tô roubando"). Essa presepada romântica me agasta.
"Toca Travessia"!

Eu até gostaria de colocar umas coisas brasileiras no lugar das músicas estrangeiras do roteiro. Mas o que eu vou colocar no lugar de 50 ways to leave your lover? Travessia?

5.3.05

Aquela raça de gente que, com um risinho, na frente um descendente de portugueses (a qual meu pai infelizmente pertence), diz que vai contar uma piada "de japonês", serviu pelo menos para me suscitar o seguinte: que Vale Abraão está para Portugal como Minha querida Sputnik está para o Japão.
A ciência evolui porque admite suas limitações, ao contrário da religião. E é por isso que a ciência é a mais popular das religiões atualmente.
(O que implica em mães jogando fora seus tupperwares e sutiãs de arame por causa de alguma coisa que leram numa revista semanal ou num hoax que caiu na sua caixa de correio eletrônico. Burn la bruja!, issequié.)
Você vê fariseus que colocam a idéia de si mesmos num patamar tão alto, que acham que podem fazer de tudo, se tornando - na vida prática - menos que animais. E quando alguém chama atenção para isso, eles autorelevam-se através da senha bá! ou nhé! ou qualquer outro regionalismo correspondente.
Paradoxalmente, observa-se que, considerando-se um pouco menos, esses super-homens de araque teriam de empregar um esforço ligeiramente maior em ser alguém que preste, e com isso poderiam vir a se tornar efetivamente algo passáveis.
Quando voltei, me perguntei quem era o homem na minha frente. Aliás, onde é que eu estava.
O estranho me contava a parte da minha vida que eu tinha perdido.
Seus lábios estavam brancos, dizia ele. Como a palma da mão.
Tive que abrir sua boca, você trincou os dentes e estava enrolando a língua.
Quase um poema de Augusto dos Anjos.
Respira. Tira os óculos.
Se não tivesse alguém preparado na hora... (reticências perigosas)
Porque você não avisou que desmaiava quando tirava sangue?
The thing is, eu avisei. Mas avisei calmamente: eu sempre desmaio quando tiro sangue. Resignada, olhando para a frente. Fazer o quê? Hoje é dia de tirar sangue, é dia também de desmaiar.
Ele tinha que tirar cinco tubos. E eu fui contando. Um. Dois. Três. Ei, até agora tudo bem. Aí a vista escureceu. Ele colocava o quarto, e avisei sorrindo: eu vou desmaiar. Respira fundo. Enche de ar o pulmão. Obedeci. Agüentei até o final do quinto. Olhei para o lado, os cinco tubos cheios sobre um estrado de metal branquinho, e o homem parava o sangue do braço com um algodão. E pensei, que ótimo, desta vez consegui me afastar da aflição da agulha e do sangue saindo de mim. Então pensei: merda, porque me sinto assim então? E concluí que não era a frescura, a frescura só acelera o processo. Desmaio é por causa da tiração de sangue em si. Então desmaiei.
Eu aviso. Mas as pessoas acham que não estou falando sério. Como quando eu digo que tenho consciência de que vou morrer um dia. Acham que estou brincando.

2.3.05

mantra: não vou me entregar. não vou me entregar. não vou me entregar.

Prestar atenção demais aos detalhes faz mal. Ou aos detalhes errados. Estou falando, principalmente, de livros.
Aquelas pessoas que fazem pesquisas de campo fazem livros de ficção chatíssimos. Quer dizer, quando fica óbvio que a pessoa fez pesquisa de campo. Quando ela foi ao xingu pra ver como os índios viviam. Quando ela circulou pelo calçadão para ouvir as putas. Quando ela viveu um mês num casarão abandonado para sentir a indigência de seu personagem principal.
Mata-espontaneidade.
A pessoa pode até fazer pesquisa de campo, ok. Mas não precisa se preocupar em deixar isso claro, descrevendo como os índios se vestiam ou não se vestiam, o que significava cada pinta pintada, como eram os rituais de passagem. Não mostrar como é; contar como é.
É pra você saber, certo? Não pro leitor saber que você sabe. Ou que teve o trabalho de descobrir.
Ê, falta de imaginação.
Sabe o que é? Medo de errar. Medo de surgir um arqueólogo e dizer: ahá! esta pinta de urucum no ombro esquerdo dos silvícolas não significa "beleza", mas "fecundidade"! (O quê? E perder a maravilhosa oportunidade de agitar na cara do senhor Livingstone o bilhete dourado escrito "LICENÇA POÉTICA"? Ah, mas nem pensar.)
E também: vontade de poder dizer que esteve lá. Ora, todo mundo acha que escritor leva uma vida chata, completamente desinteressante. Alguns querem a todo custo desmentir este mito (mito!?) e só faltam descer cataratas em botes de borracha.
Honestly. Get a life while you can.
(O que não configura, em qualquer interpretação, qualquer preconceito contra os praticantes de rafting.)
Eu conheci um grupo de novos ricos, uma vez (ou: por bastante tempo... tempo demais...).

1.O sítio deles era em Xerém. E o nome é exatamente o que parece. Zeca Pagodinho é de lá.
2.Eles eram donos de um colégio. Que, prestes a começar as aulas, cuspiu fora os alunos já matriculados como caroços de melancia. A oferta para ser demolido e dar lugar, se não me engano, a um apart-hotel, tinha sido milionária.
3.O banheiro deles foi a primeiríssima vez que vi dessas plaquinhas rústicas escritas "pipi-room".
4.Numa reunião de família, a gorda matrona, lourosa e cheia de ouro, exibia efusiva o álbum da festa do filho adolescente. Metade das fotos eram do bolo, que ela, não cabendo em si de orgulho, dizia ter encomendado "a uma pessoa excelente" - e a "concepção" tinha sido dela! O bolo era em formato de bunda, e bunda bem saliente, 3D, com um biquíni de bolinhas enfiado. E tome foto do bolo-bunda, de todos os ângulos possíveis e imagináveis. Praticamente um editorial gastronômico da Playboy. Ei, mas o gosto não estava uma merda? Me contive a tempo.
carne

Acho bonito gente muito branca ou muito preta. Se houvesse pessoas azuis e verdes, acho que eu gostaria delas bem verdes e azuis.