19.4.06

cochichando

Diferenças entre 2001 e 2006:

O eletro caiu, o minimalismo voltou. Steve Bug, Michael Mayer, Nathan Fake, Marco Passarani, MANDY, Booka Shade...
Há também esses grupos de agora que guincham e fazem vozinha de criança: Múm, Deerhoof, MU, Lali Puna. Ou então emocionantemente melodiosos, como Goldfrapp e Mia doi Todd. Fico pensando se querem emular voz-de-namorado-no-ouvido, cobertor de orelha. Mas ainda assim são agradáveis, fazer o quê. Ou então é a influência mista de funk carioca com bossa nova.
Aliás, vejo influência do funk claramente em coisas como M.I.A. e Dizzee Rascal. E da bossa nova em símiles de Cat Power como Nedelle, Samara Lubelski, Nouvelle Vague (duh).
Em suma, tá todo mundo falando ou baixinho ou esganiçado. A impressão que me passa: sufocados por ditirambos propagandísticos e informação excessiva, as pessoas se voltaram para canções de ninar/freakishness como forma de minar o poder. Sublevação - desde o fundo de uma mente coletiva até à frente, revolução em baixos decibéis.
Posso estar completamente errada.