25.12.06

role model

Acabei hoje o novo Tomb Raider (codinome "Legend"), o sétimo. Disseram que não foi o desastre que foi o sexto, então fui lá conferir. Os designers amorenaram Lara outra vez e deram a ela um monte de gadgets, a la James Bond - e isso está bem descarado na seqüência de abertura, totalmente decalcada da franquia que mais merece to be put out of its misery no momento. O que mais gostei foi o arpéu (grapple) magnético, basicamente um cabo com ímã que ela pode grudar em objetos metálicos para subir ou usar como cipó e atravessar para o outro lado.
O melhor nível é o do Japão; tirante o clichezão dos "chefes da Yakuza" (só não é pior que o da "ex-base soviética caindo aos pedaços" no Cazaquistão), tem um monte de referências e anedotas sobre a cultura japonesa, como a paixão pela tecnologia de ponta, as acompanhantes sorridentes etc etc.
Tem referências aos primeiros jogos, como a volta ao mosteiro dos monges silenciosos que olhavam para a bunda da Lara (eles não estão mais lá, parece que foram comidos por tigres brancos). Ainda é meu nível preferido dentre todos os sete jogos. Eram monges pacíficos; mas se você sacasse a arma, eles paravam e ficavam olhando fixamente para você; se você atirasse num deles, mesmo que sem querer ou de raspão, vinham todos para cima de você com estacas (iááá, iááá) e te matavam em cinco segundos.
Mas isso não vem ao caso. Interessa que o jogo ficou bom. A trilha sonora ficou boa. Os controles estão mais fluidos. Kurt não está lá. E ouviram minha sugestão sobre a Excalibur e o rei Arthur, aparentemente.

Quando jogo Tomb Raider, começo a querer dar triplos mortais também. Não dá. Faço só o que posso: malho pra ter o corpo da Lara (eu tinha, na época do primeiro jogo, mas é mais difícil sem se ser digital), visito freqüentemente a piscina, viro estrelas na grama.