18.3.07

O ocidente é um acidente

Estou delirante com a sensação de estar terminando um conto perfeito. Não é brincadeira: nenhum conto até agora me deu esta sensação de completude e honestidade. Eu já me afastei por mais de um mês dele, esqueci como era, voltei para melhorar, e está bom, muito bom. Está com uma cara meio Salinger, mas principalmente com a minha. Deve ser o carro-chefe (é um conto mandão) do meu próximo livro, só de contos e um poema narrativo histórico, estilo Romanceiro da Inconfidência (brincadeirinha. Puética é com a Bruna Beber).
Este é o Conto japonês. Se a Ana Paula estiver certa, tenho um fluxo de pensamento oriental (um dos maiores elogios que alguém já me fez) e - acréscimo meu - isso me faz tão original quanto incompreendida, no Ocidente pelo menos.
Tem outro que parece Rabelais com Borges - o Conto africano. Este não tem nada a ver com perfeição. Simplesmente não é um conceito para ele. Este tem que ser intestinal - embora para obter este resultado eu não escreva com as entranhas (tira do Allan Sieber), e sim digite como uma pessoa civilizada.