28.3.09

fui com a cara desta mórula

É meio chato dizer isto tendo sido selecionada desta forma, mas fiquei pensando nos "fetos" de contos que mandei para a Petrobras e nas coisinhas sem jeito que eles eram. Depois tomaram jeito, claro.
É claro que o projeto tem que estar em algum ponto entre idealizado e pronto para justificar um auxílio à criação. Mas é completamente esquisito olhar para aquela mórula e decretar o seu potencial para cientista, ou modelo fotográfico. É como escolher filhos num banco de esperma...
Talvez o segredo tenha sido passar, no projeto, a segurança de proporcionar um bom ambiente pra "criança", por exemplo -- dizer, olha só pros meus quadris largos, sou boa parideira; olha como seguro bem este 'crash test dummy', etc. É como propagar minha capacidade de ser mãe de aluguel...
Ou seja: para as coisas acontecerem, incluindo aí filhos, amizades, livros e uma porção de coisas, é preciso uma boa dose de confiança semi-cega e de aposta. Quem não arrisca, não petisca.
Claro, isso parece bem mais injusto se você perde a aposta. Dessa citada vez eu não perdi, mas estou tentando exercitar a empatia.

25.3.09

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19.3.09

Precisa-se de desenhista

(por Laerte)

para roteiro cômico e escrachado com super heroínas. Contato: o velho e bom simonecampos arroba gmail.com

(O cabelo do boneco de palito é igual ao meu, puro babyliss)

16.3.09

de modo geral



Eu, Alice e outros no De modo geral, talk show de variedades com gente de cultura no Cinematheque, esta quarta.

14.3.09

O que eu, particularmente, considero ser um livro bom:

Ele é gostoso de ler, e não necessariamente viciante. Livros como O Código da Vinci são page-turners -- fazem você lê-los compulsivamente -- porque fisgam pela trama. Mas você não os leria uma segunda vez. Não aprendeu a se importar realmente com os personagens, não se apegou a eles, não vai lembrar dos dilemas morais que eles enfrentaram ou da angústia que sentiram em determinada situação. Estes livros você simplesmente engole como fast-food que são...

É a diferença entre ler para saber o que vai acontecer e ler para conviver com os personagens. Os bons heróis têm alguns defeitos também. Você se pega pensando neles horas, dias depois de ter terminado a leitura, pensando em como o acha original, lutador, desprezível, conflitado, obstinado -- humano, em suma.

Com o livro fast-food, não. Você pensa: droga! Acabou! Espero que o autor escreva a continuação logo...

Li certos livros na minha adolescência que parecem uma aula de como ser psicopata. O herói pode tudo, enganar quem seja, deixar para trás quem for, e de tudo escapa sem nenhum preço a pagar, única e simplesmente por ser o herói -- o foco da história! E, não, não há qualquer intenção estilística por trás disso, como no livro The fountainhead, de Ayn Rand, por exemplo (falta ler...). Nesses outros livros, basicamente se trata de oferecer ao leitor a oportunidade de vestir uma "pele" de vencedor durante algumas páginas. E quer saber? Nessa era de auto-ajuda, funciona. Massageia o ego. Como se certos pequenos leitores de hoje já não estivessem metidos o suficiente...

Já recomendei livros que li no passado. Dos atuais, gosto muito das séries Poderosa e Querido diário otário. Se eu tivesse uma filha, então, em vez de dar livros que provavelmente iriam ensiná-la a gostar de telenovela e se comportar como uma perua (para não dizer pior), como as séries Gossip Girl, Diário da Princesa, Celebutantes e coisas assim, acharia melhor dar um livro de fantasia que desenvolva a empatia -- o "se importar com os outros".

Claro que todos gostamos de bobagem, mas é bom intercalar. Afinal, entupir seu pequeno leitor de fast-food pode acabar tornando-o sedentário em matéria de exploração intelectual.

(Comprando pelos meus links ao Submarino, você ajuda nas contas aqui de casa. Obrigada.)

6.3.09

eletrônica for dummies

É só clicar aqui e apertar play. De nada.
Não contém todas as vertentes, mas basicamente começa bem mulherzinha e vai evoluindo para a porrada. Ou seja, é uma playlist yangiru.

5.3.09

Sai ano, entra ano, e ela não desiste: insiste. Para que eu namore um cara trabalhador, casa própria, MBA, carro novo, "simpático com todo mundo no trabalho", ou seja, um completo babaca.
Do meu, ela reclama: "Ele não ri das minhas piadas!" - "Ora, conte piadas melhores..." devolvo.
Eu finalmente sentei com ela e expliquei que não acredito na ética do trabalho, em segurar um emprego, em nada disso. Carros, casas e filhos são legais, mas não estou à venda por causa deles. Expliquei também o meu FETICHE por caras rabugentos, misantropos e frequentemente escrotos (auxílios visuais: Luke de Gilmore Girls, House), que jamais sentariam numa sala de estar com a família-da-namorada sem protestar e negociar o quanto pudessem. Expliquei também que ela devia se conformar, porque eu simplesmente não suportava gente "do bem", não-reclamona, que acha que tudo tanto faz como tanto fez e nunca aponta para ninguém explicando em detalhe porque aquele cara é um babaca. Devia ter feito isso antes. Não funcionou, mas fez bem.