28.3.09

fui com a cara desta mórula

É meio chato dizer isto tendo sido selecionada desta forma, mas fiquei pensando nos "fetos" de contos que mandei para a Petrobras e nas coisinhas sem jeito que eles eram. Depois tomaram jeito, claro.
É claro que o projeto tem que estar em algum ponto entre idealizado e pronto para justificar um auxílio à criação. Mas é completamente esquisito olhar para aquela mórula e decretar o seu potencial para cientista, ou modelo fotográfico. É como escolher filhos num banco de esperma...
Talvez o segredo tenha sido passar, no projeto, a segurança de proporcionar um bom ambiente pra "criança", por exemplo -- dizer, olha só pros meus quadris largos, sou boa parideira; olha como seguro bem este 'crash test dummy', etc. É como propagar minha capacidade de ser mãe de aluguel...
Ou seja: para as coisas acontecerem, incluindo aí filhos, amizades, livros e uma porção de coisas, é preciso uma boa dose de confiança semi-cega e de aposta. Quem não arrisca, não petisca.
Claro, isso parece bem mais injusto se você perde a aposta. Dessa citada vez eu não perdi, mas estou tentando exercitar a empatia.