3.5.10

Filmes obscuros favoritos

Inspirada por esse post do Xerxenesky, que me fez descobrir Brick, resolvi compartilhar alguns filmes obscuros por que sou obcecada para que vocês possam assistir. Três ou quatro, para começar.
Devo dizer que adoro fotografias bem cuidadas (eye candy), mas não apenas. Se não vejo conteúdo, não me conquista. 2046 (Kar Wai Wong) é o exemplo mais gritante do filme que acho apenas mais um rostinho bonito.
Dito isso, passemos aos filmes que acho realmente bons.

A última vida no universo (Ruang rak noi nid mahasan) - Pen-ek Ratanaruang


Sou fã do tailandês Pen-ek Ratanaruang por causa desse filme. Para mim, é como uma adaptação não-oficial do meu livro A feia noite - ok, saiu antes, mas conheci o filme quando estava com o livro praticamente pronto.
Outra forma de vendê-lo seria dizer que é um Encontros e desencontros (Lost in translation) que deu certo, com um toque de Lucrecia Martel (a diretora argentina que filmou O pântano).
É um filme de andamento lento com momentos líricos e brutalmente engraçados, que brinca com filmes de yakuza (máfia japonesa). Som memorável. Não chega a ser surrealista: conta historinha. Bem devagar.

Outro dele de que gosto: o 6ixty-nin9 (Ruang Talok 69). É uma comédia sombria cheia de piadas internas tailandesas (você ri de Monty Phyton, não?). Também com historinha.

Onde obtê-los: No torrent mais próximo de você.



May - Lucky McKee


É uma espécie de comédia romântica indie que descamba para o terror total. Tem citação direta a Dario Argento e, para quem curte, Anna Faris morena. Definição: Carrie, a estranha mais adulto com enxertos (ha, ha) de Frankenstein. Saiu aqui em DVD com um título que me recuso a repetir - é simplesmente muito equivocado.



Phantom love - Nina Menken


É sacanagem indicar um filme que nem sequer existe em DVD, muito menos para baixar. Mas você pode assistir o trailer e algumas cenas, como a da cobra (Snake), no MySpace. O filme é de um preto-e-branco lindo e surreal. Tenso. Te deixa na ponta da cadeira, especialmente por causa do som. Como explicar... é uma espécie de Anticristo só com o lado feminino da questão, com bem menos gore mas nível de opressão equivalente. Vi no Festival do Rio, não sei em que ano. Quando sair o DVD, compro na hora.